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terça-feira, 13 de março de 2007

Filosofando com Letras


Tudo passa: a filosofia de Heráclito

Como Uma Onda
Composição: Nelson Motta
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas como o mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo
Agora
Há tanta vida lá fora, aqui dentro
Sempre como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas como o mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugirNem mentir pra si mesmo
Agora
Há tanta vida lá fora, aqui dentro
Sempre como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar

A letra da música Como uma onda no mar foi escrita por Nelson Motta e gravada por cantores como Lulu Santos e Tim Maia, entre outros. Essa letra é um bom motivo para um bate papo sobre a filosofia de Heráclito. A interrogação que a filosofia de Heráclito nos convida a fazer é simples: qual a essência da realidade? Ou ainda, qual a natureza de tudo que nos cerca e de nós mesmos (ser). Heráclito de Éfeso foi um filósofo grego que, entre seus escritos, definiu a essência da realidade como mudança, modificação, vir-a-ser, devir, fluxo ininterrupto. Ou seja, tal como na letra, “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia, tudo passa, tudo sempre passará”. O filósofo dizia: “não se pode entrar duas vezes no mesmo rio” (fragmento 91, tradução de Emanuel Carneiro Leão in Os Pensadores originários). Em linhas gerais, a filosofia de Heráclito nos convida a compreender que a realidade está em constante transformação, sempre se modificando. Nós não podemos entrar no mesmo rio duas vezes, seja porque o fluxo de águas já não é o mesmo e porque: nós mesmos já somos outros. A tese de Heráclito para definir a essência da realidade é simples: tudo que existe, toda realidade, por assim dizer, o ser é devir, isto é, modificação contínua, transformação ininterrupta. A afirmação: “o ser é devir” significa que toda a realidade, tudo que nos cerca e nós mesmos estamos em constante transformação.
A realidade está sempre se transformando, a essência da vida e de todas as coisas é se transmutar, deixar de ser o que era e se tornar outra coisa. Com isso, o trabalho da filosofia, segundo Heráclito, estaria em captar o movimento, o fluxo contínuo da realidade. Em descobrir a beleza da mutabilidade das coisas, da impermanência.


Para ouvir:
http://musica.busca.uol.com.br/radio/index.php?ref=Musica&busca=como+uma+onda&param1=homebusca&q=como+uma+onda&check=musica

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